O quinto módulo da Imersão na Teia, realizado nos dias 27 e 28 de outubro, foi repleto de reflexões acerca do processo de construção da comunidade que se formou para a vivência. Tendo em mente que já atravessamos metade desse processo, que começou em julho, conversamos, também, sobre tudo o que já experimentamos por aqui e o que ainda vamos descobrir.
O encontro começou com mais uma Oficina Lúdica, ministrada por Haila Beatriz Oliveira, na sexta-feira. Dessa vez, enfeitamos as manilhas em frente ao apartamento de Sérgio Pamplona e Mônica Carapeços, anexo à casa comunitária do sítio, com mosaicos feitos de azulejos quebrados.
Haila foi, também, uma das responsáveis por inserir uma grande quantidade de brincadeiras e exercícios lúdicos para levantar as energias do grupo. Essas práticas se fazem presentes desde o início da Imersão, mas vêm se intensificando e sendo propostas por diferentes integrantes da comunidade.
Ainda na sexta-feira, nos reunimos no espaço Ocalango para recordarmos os diversos temas que permearam as aulas e práticas até então. Podemos citar, entre muitas outras, a visita aos primórdios da Permacultura, na videoconferência com Jorge e Suzana, permacultores de longa data; as experiências com Bioconstrução no Sítio e na Chácara do professor, do Sinpro; as noções de reconhecimento de solo e plantio agroflorestal; o sistema de Wetlands, construído pelos imersos. Enquanto colávamos, em um mural, os temas lembrados, um projetor mostrava os registros visuais feitos até então. Pensando em tudo isso, passamos a tecer, em uma divertida dinâmica, o fio lógico que deverá entrelaçar os próximos encontros.
No sábado, iniciamos o dia com o lúdico Jogo dos Princípios, onde tentamos relacionar os 12 princípios fundamentais da Permacultura com alguns outros aspectos intrínsecos à sobrevivência humana, para entendermos como todos os ciclos estão interligados. Reunimo-nos em grupos, em busca de pontos que nos ajudariam a “salvar o mundo” junto a Bill Mollison e David Holmgren.
Praticamente todos os recortes, representando os princípios da Permacultura, foram associados a cada fundamento para a existência humana. Para cada recorte colado, uma explicação deveria ser dada, elucidando como aquele princípio poderia contribuir para aquele fundamento. No final, o grupo conseguiu agir de forma colaborativa para atingir um patamar sustentável, junto aos criadores da Permacultura.
Tratamos, ainda, das ideias do método Comunicação Não Violenta (CNV), que estabelece mecanismos para a resolução de conflitos e a comunicação empática, através da clara troca de informações entre as partes. A CNV funciona em quatro etapas: Observações, sentimentos, necessidades e pedidos. Durante sua execução, quem está comunicando e seu interlocutor devem falar tudo de relevante para a situação, sem julgar, manipular ou agredir o outro. A partir da escuta ativa, empática, pode-se atingir um espaço de compreensão mútua, livre de julgamentos, onde as necessidades são contempladas e pedidos de ambas as partes podem ser realizados.
Para celebrar o encontro, uma fogueira noturna foi erguida, enquanto os membros da comunidade conversavam, tocavam instrumentos e observavam o fogo.