Texto e imagens de Bernardo Oliveira
Mais uma edição da tradicional Feira Fértil de trocas foi realizada no espaço CASSFA. Até então, o evento, que acontece mensalmente, era reservado à participação de mulheres. Especialmente no dia 6 de agosto, para uma primeira experiência, os homens também foram convidados a trocar e partilhar objetos, serviços e ideias.
A iniciativa tem o objetivo de viabilizar uma alternativa ao modelo de consumo capitalista ao qual estamos submetidos. Além disso, propõe-se a cura de nossa relação, muitas vezes deturpada, com a tecnologia do dinheiro, a partir da utilização de uma moeda própria chamada Broto. Toda a atividade tem como fundamento maior a ética nas trocas estabelecidas.
A feira tem seu próprio ecobanco, que registra o saldo dos feirantes em Brotos e coloca a moeda em circulação através de um respaldo (lastro) de algum produto oferecido. Cada participante é convidado a trazer objetos como roupas, acessórios, alimentos, livros etc, e disponibilizar serviços que variam de ensaios fotográficos a cortes de cabelo e massagens. Definido o que será trocado, passa-se ao exercício de precificar e expor de forma criativa os produtos.
A proposta do trabalho, inicialmente, apenas com mulheres visava resgatar a relação ancestral do feminino com a economia. O gênero, que traz consigo o dom da maternidade, carrega também a vocação para temas como a solidariedade, o nutrir, a abundância. Solidificada essa experiência apenas feminina, surgiu a ideia de uma abertura para que os homens também pudessem participar.
Além das trocas físicas, o grupo realizou rodas de conversa e uma breve exposição sobre as ideias que guiam as feiras.
A Feira Fértil de trocas acontece sempre no primeiro domingo de cada mês, às 16h, no Centro de Apoio Social São Francisco de Assis (CASSFA), Quadra 31, Paranoá, DF.
 Equipe de organização desta edição da Feira Fértil.
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 Roda de diálogo sobre Economia Solidária
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