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Comunidade escola – 2014: Implementando Metodologia participativa de Elaboração do Design Social do Sítio Nós na Teia

by Monica Carapeços / terça-feira, 09 maio 2017 / Published in Blog, Comunidade, Cuidado com as pessoas

Em 2014 tivemos o privilégio de sediar no Sítio Nós na Teia um curso de Sociocracia, com Diana Leafe Christian e Gina Price, que trouxe aprendizagens importantes sobre a estruturação da governança de uma instituição de forma transparente, equilibrada e eficiente. Além dos saberes específicos que o curso trouxe sobre Sociocracia foi incrível conversar mais com Diana sobre toda sua experiência com Comunidades Intencionais. Já havíamos estudado seu livro Creating a Life Together: Ecovillages and Intentional Communities e dialogar com a autora trouxe outros insights.  Ambas Diana e Gina compartilharam experiências de desenho social da Rede Mundial de Ecovilas

Sonhos, experiências juntos, aprendizagens e ferramentas estavam agora integrados e instigaram o grupo a avançar no desenho social do que almejávamos.  Agora bem capacitados com metodologias como Dragon Dreaming,  uma metodologia de estruturação de projetos colaborativos pautados em princípios de crescimento pessoal, fomento da comunidade e trabalho pela terra; Sociocracia, metodologia para estruturar a governança comunitária com equilíbrio de poder, transparência e eficiência; Comunicação Não-Violenta para fomentar comunicação empática e resolução de conflitos entre outros saberes que já trazíamos na bagagem.

Neste primeiro momento o Dragon foi especialmente proveitoso pois proporcionou uma forma lúdica e envolvente para transformar nossos sonhos em um projeto coletivo.

A consolidação da proposta coletiva: Visão, Missão, Objetivos, Acordos internos

Para estruturar o coração da proposta realizamos uma imersão do grupo em um final de semana dedicado para produzir Visão, missão, objetivos e iniciar esboço de regimento interno. Utilizando metodologia Dragon Dreaming, partimos de um Círculo dos nossos Sonhos e avançamos para Visão, Missão e objetivos.

Foi um processo muito rico de apropriação, busca por diferentes perspectivas e síntese de expressão do coletivo, o qual resultou nas seguintes definições:

Visão:

Um mundo onde as pessoas buscam seu crescimento interno, vivenciam suas comunidades locais, assumem a responsabilidade por seu sustento, cooperam com cuidado e reverência por todas as formas de vida para que todos possam prosperar.

Missão:
Ser uma comunidade-escola de Permacultura para que pessoas em busca de:

  •  crescimento pessoal,
  • envolvimento comunitário
  • e trabalho pela Terra

possam co-criar e difundir uma cultura de sustentabilidade, beleza e harmonia.

Objetivos:

  • Ser um círculo de apoio para transição individual, desenvolvimento de habilidades e crescimento pessoal no caminho da Permacultura.
  •  Utilizar tecnologias sociais para criar uma cultura interna de exercícios e aprendizagens de Permacultura e vida em comunidade com rotinas de: estudo, comunicação, planejamento, realização, avaliação e resolução de conflitos.
  • Ter momentos freqüentes de arte, celebração, cuidado do corpo, da mente e do coraçã0
  •  Ser fonte de sustento e renda para residentes e colaboradores.
  • Reconhecer e conectar com outros Nós na Teia que co-criam a cultura de sustentabilidade.

O processo, apesar de ser bastante cognitivo, foi interessante por ter sido realizado de forma mais descontraída, lúdica e celebrando os resultados parciais. Conforme aprendemos na Sociocracia não buscamos a perfeição e sim o bom suficiente para o grupo se sentir feliz e contemplado. Nossos “mantras” na sociocracia são: está bom o suficiente por enquanto? está seguro o suficiente para tentar (e poder avançar)? Para mim, que tenho certa tendência a exagerar na auto-crítica esse pensamento é perfeito para me tranquilizar e aquietar.

Outra etapa essencial foi definir com mais clareza nossa identidade e aspectos centrais para nortear nossa estrutura de organização. Inicialmente fizemos um longo debate para partilhar e estruturar uma base de conceitos comuns. Ou seja, definir como nós compreendemos termos essenciais que nos definem, a citar:

  1. Consideramos Sítio uma propriedade, em espaço territorial rural, de pessoa física e uso familiar ou Individual.
  2. Consideramos Comunidade um coletivo de pessoas que compartilha objetivos comuns e atua conjuntamente para alcançá-los, sendo que o grupo pode ou não ter um espaço físico e ligação com determinado território.
  3. Consideramos Permacultura um sistema de planejamento de ambientes humanos para uma cultura permanente (sustentável ou resiliente), envolvendo aspectos éticos, socioeconômicos e ambientais. Esse sistema resgata saberes antigos e integra com tecnologias modernas para oferecer as ferramentas para o planejamento, a implantação e a manutenção de ecossistemas cultivados no campo e nas cidades, de modo a que eles tenham a diversidade, a estabilidade e a resistência dos ecossistemas naturais. Alimento saudável, habitação e energia entre outras áreas de acordo com a ética e princípios ecológicos.
  4. Consideramos, portanto, comunidade-escola de permacultura, um coletivo de pessoas que compartilha objetivos comuns de estudar, aplicar e difundir a permacultura.
  5. Consideramos Aldeia um espaço territorial comunitário, com posse coletiva da terra, uma cultura enraizada com sentido de pertencimento em um grupo/local (tribo) e com um design social organizado.
  6. Consideramos, portanto, Aldeia Permacultural um espaço territorial comunitário, com posse coletiva da terra, uma cultura enraizada com sentido de pertencimento em um grupo/local (tribo) e com um design social organizado a partir de objetivos comuns de co-criação e difusão de uma Cultura de Sustentabilidade (Permacultura).

E assim, chegamos a um consenso de que o Sítio Nós na Teia é uma Comunidade-Escola de Permacultura, estruturada por um coletivo de moradores que compartilham objetivos comuns de estudar, aplicar, difundir a permacultura  e sonham com  o florescer de uma Aldeia Permacultural no local.

Listamos juntos os principais aspectos que considerávamos importantes de serem discutidos para termos um norte de ações que nos permitisse caminhar com harmonia para a concretização de nossa missão. Utilizamos também os conhecimentos de Sociocracia para pensar a estrutura de governança onde definimos os papéis de Guardiões, Ecomoradores etc.

Surgiu então o esboço do nosso regimento interno. Nestes registros foi essencial a experiência que já tínhamos acumulado no convívio diário e que nos possibilitou apontar o que estava já consolidado e que poderíamos registrar como consenso e pontos que ainda apresentavam lacunas e que precisávamos definir melhor para aprimorar nossa proposta. Fizemos a listagem de todos os pontos, discutimos alguns e nos dividimos em duplas para trabalhar na produção de textos.

Produzimos, partilhamos, discutimos vários pontos.

O primeiro semestre de 2014 foi um período muito bonito, que trouxe à tona qualidades especiais do grupo como escuta profunda, acolhimento, confiança e expressão amorosa. Assim, com um sentimento de conexão mais íntima, encerramos essa etapa do planejamento do Desenho Social celebrando os avanços e aprendizagens.

No dia 31 de agosto de 2014, tivemos reunião para organização do processo para a entrada de novos Ecomoradores no Sítio. Estruturamos um processo seletivo com algumas etapas e dinâmicas interessantes, divertidas, descontraídas  com o propósito de proporcionar aos candidatos uma visão clara da proposta em desenvolvimento de uma comunidade-escola de permacultores; oportunidades para o entrosamento entre candidatos e grupo de moradores do Sítio; criar um ambiente de livre expressão e cooperativo, diluindo ansiedades e competição; analisar a sintonia dos candidatos com a visão, missão do Sítio com os moradores e entre si.

O processo foi um sucesso! Em novembro de 2014, celebramos com amigos da Permacultura, a quem chamamos carinhosamente de Comunidade de Apoio, a entrada dos 2 novos Ecomoradores: Amélia Baracho e Bruno Lemos. E também de Marcela Manara, que se integrou ao processo como companheira de Lucas Miranda.

 

Leia todos os artigos que contam a trajetória da comunidade-escola ano a ano:

  • Comunidade escola – 1998 a 2011: Contextualização da proposta coletiva
  • Comunidade escola – 2014: Implementando Metodologia participativa de Elaboração do Design Social do Sítio Nós na Teia.
  • Comunidade-escola 2015-2016: novos ciclos e aceitação da transitoriedade dos processos.
  • Comunidade-Escola 2017: observando e interagindo
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Tagged under: Comunidade-escola, Dragon Dreaming, História, Sociocracia

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