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Comunidade escola – 1998 a 2011: Contextualização da proposta coletiva

by Monica Carapeços / terça-feira, 09 maio 2017 / Published in Blog, Comunidade, Cuidado com as pessoas

Desde que herdou o Sítio, Sérgio sempre vislumbrou uma proposta coletiva para que a permacultura florescesse no local de um modo mais completo, em todas suas dimensões. Contudo, por muitos anos esse sonho esteve apenas como pano de fundo, enquanto obrigações familiares e de trabalho e renda ocupavam o palco do dia-a-dia.

Após idas e vindas, em 2011, ele voltou a residir no Sítio. Foi quando também cheguei por aqui, trazendo sonhos semelhantes por partilhas e cooperação com outros permacultores.

2012-2013: Proposta incipiente

Da esquerda para direita: Cláudia Passos, Sérgio Pamplona, Mônica Carapeços, Lucas Miranda, Luiza Pádoa

Em 2012 iniciamos a primeira proposta de coletivo de permacultores com uma ideia simples de locar os quartos livres da casa em uma proposta ganha-ganha de oferecer a outros permacultures a oportunidade de viver em um local privilegiado para o desenvolvimento da permacultura em meio à cidade e em contrapartida trazer para o Sítio recursos materiais e humanos para sua manutenção.  Além de mim e Sérgio, participaram dessa proposta Luiza Padoa, Cláudia Passos e Lucas Miranda.

Reforma do Açude e da Oca

Ao olhar para trás percebemos um início de caminhada um tanto desajeitada pela falta de planejamento e de uma construção compartilhada de propósitos.  De certa forma tivemos aquele início infelizmente tão comum a tantos grupos que, em meio a muitas tarefas e demandas urgentes no espaço, têm pouco tempo para se dedicar ao design social  e “vão levando como dá”.

O ano estava super  intenso de trabalhos no Sítio,  necessidade de  manejos, reparos, obras etc. Em meio a tudo isso, Luiza Pádoa nos procurou pois sabia que tínhamos a ideia de começar uma proposta de coletivo. Ela estava em busca de local para morar e nos instigou a iniciarmos a abertura da casa coletiva no Nós na Teia.

Reforma da lavanderia

Em um misto de ousadia e entusiasmo nos lançamos ao desafio de ir co-criando o processo juntos. Contudo, sem o tempo disponível para esse fim, fomos simplesmente vivendo juntos e deixando o processo rolando solto. Tão solto que avançava quase que sozinho nos trazendo demandas de crescimento…

Em 2013, eu e Sérgio, também estávamos na coordenação do Curso Educação Gaia, em sua primeira edição em Brasília. Por meio do Gaia, conhecemos Cláudia Passos e Lucas Miranda, que se interessaram em vir integrar o projeto. Rapidamente o grupo foi crescendo e a casa coletiva passou a ter mais pessoas e uma vida em comunidade incipiente. Tínhamos poucos momentos de ações conjuntas no Sítio e na rotina do dia-a-dia aplicamos apenas modestamente algumas práticas sociais que conhecíamos.  Uma das estratégias que buscamos para aprofundar vínculos foi a realização de prática de Yoga juntos.

Contudo, percepções dissonantes naturalmente levaram à necessidade de renovações e uma reestruturação do projeto.   Revi, então uma lição que achava já ter compreendido em quando participei a fundação da Ecovila Karaguatá no RS: o primeiro passo para a criação de uma comunidade é ter processos, visões, objetivos claros. Trago aqui uma citação de Diane Leafe Christian, que cabe ler e reler muitas vezes (pois sei que a tentação de atropelarmos essa etapa é grande!).

Depois de anos entrevistando fundadores e ouvindo suas histórias de rompimentos de comunidades, corações partidos e mesmo processos judiciais, eu comecei a ver um padrão. Muitos fracassos de comunidades parecem resultar do que denomino “conflito estrutural” – problemas que surgem quando os fundadores não deixam explícito certos processos ou tomam decisões importantes por conta própria, criando uma ou mais omissões na sua organização estrutural. Estes problemas estruturais na construção parecem funcionar como bombas relógio (Creating a Life Together, p. 7)

Felizmente nossa situação não era tão grave. Construímos boas relações de amizade e não levou muito tempo para percebermos que precisávamos dar um “pause” na correria e focar nos processos sociais. Nos dedicarmos a construir adequadamente as bases da proposta.  Assim em 2013, aproveitamos a vinda de John Croft ao Brasil e realizamos formação em Dragon Dreaming. Todo o grupo participou da formação introdutória e eu, Luiza e Cláudia também fizemos Curso Avançado e de Captação Empoderada.  Foi a imersão que precisávamos para deixar o sonho fluir e se aprofundar em uma forma cada vez mais clara no desejo de ser uma comunidade intencional de permacultores, ou seja, ter propósitos comuns de co-criação do espaço do Sítio e da vida em comunidade, para além da simples partilha de um espaço e de princípios permaculturais.

O final do ano trouxe ares de renovação na vida da maioria: Lucas parte para visitar outros espaços de permacultura, Sérgio e eu viajamos para Convergência Mundial de Permacultura em Cuba e Cláudia decide sair para focar  em outros projetos e necessidades pessoais. Ufa, olhando para trás ficam nítidos os diversos ciclos de feedback e auto-regulação que tivemos. Foram muitas mudanças, aprendizagens e entusiasmo para iniciar 2014 com a manifestação de propósitos claros para o Sítio.  Começamos a esboçar ideias para articular as mudanças e decidimos, com a parceria de Luiza e Lucas, iniciar um novo ciclo com um projeto de comunidade mais maduro e claramente definido. Assim, antes da abertura de vagas para novos membros previmos aprimoramentos na infra-estrutura e estruturação de documentos claros para nortear a missão, visão e atividades da comunidade.

A semente da Comunidade-Escola estava começando a germinar…

 

Leia os artigos dos anos posteriores e acompanhe essa trajetória:

  • Comunidade escola – 2014: Implementando Metodologia participativa de Elaboração do Design Social do Sítio Nós na Teia.
  • Comunidade-escola 2015-2016: novos ciclos e aceitação da transitoriedade dos processos.
  • Comunidade-Escola 2017: observando e interagindo

 

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Tagged under: Comunidade-escola, História

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